Depressão

Transtorno de Humor (Depressão e Ansiedade).

A diversidade na apresentação clínica de depressão representa um grande desafio médico desde abordagem diagnóstica até a instituição terapêutica.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza que o Transtorno Depressivo Maior (TDM) tenha um risco ao longo da vida entre 20 e 25%, para mulheres e entre 7 e 12% para os homens (World Health Organization, 2006). Atualmente, o TDM é a quarta doença mais incapacitante do mundo e a primeira em afastamento laboral, causando significativo prejuízo para o indivíduo e para a sociedade. Estima-se que o TDM ocupe a segunda posição entre as condições mais incapacitantes no mundo em 2020, perdendo apenas para as doenças cardíacas.

Outro grande desafio encontrado são os sintomas residuais que após um episódio depressivo estão associados a uma maior probabilidade de um novo e importante episódio depressivo maior.

Por isso, nos últimos 10 anos o objetivo do tratamento da depressão não está apenas centrado na redução de sintomas (resposta ou remissão parcial) e sim na resolução total do quadro, com normalização funcional (remissão completa), A presença de sintomas residuais de depressão, além de representar uma forma ativa e clinicamente importante do transtorno, também compromete o funcionamento social do paciente. Segundo pesquisadores quanto mais longo for o período sintomático, menor será a possibilidade de recuperação. De acordo com a literatura o percentual de recuperação do paciente nos primeiros seis meses de sintomas é de aproximadamente 50%, caindo abruptamente com o passar dos meses.

Pacientes reportam durante o episódio depressivo perda de interesse pelas atividades do dia a dia e uma significativa redução dos níveis de energia tendo como consequência uma diminuição na capacidade de realizar atividades cotidianas, comprometendo desta forma as relações sócias e o desempenho profissional causando grande prejuízo para a qualidade de vida.

Portanto pacientes que apresentam depressão residual apresentam um comprometimento psicossocial maior e uma menor QV.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define saúde como “um estado de completo desenvolvimento físico, mental e social bem-estar não significa apenas a ausência de doença. Conclui-se que a medida da saúde e os efeitos de cuidados de saúde não devem incluir apenas uma indicação de mudanças na frequência e gravidade das doenças, mas também de uma estimativa de bem-estar.

Depressão
Abner Morillas

Sobre o Autor

Abner Morillas

Pastor, psicólogo (CRP 43974-6). Doutor em Psiquiatria (FMUSP). Mestre em Ciências Médicas (FMUSP). Especialista em aconselhamento, professor na Faculdade Teológica Batista de São Paulo.